sábado, 22 de agosto de 2009

Não é o melhor momento!


Vozes...
Letras, datashow, vozes...
Piano, ópera, vozes...
Poesias, gente, vozes...
Cigarro, conversas, risos, papo sério. E sempre as vozes a me perseguir.
Tenho medo das vozes que calam, tenho medo de mim, tenho medo do outro.
Eu só sei que tenho medo e tenho esperança.
E tenho vozes e a minha própria voz que também cala e tenho a voz do outro que escreve de trás pra frente e teima em encontrar um fim pro começo.
Eu não sei voltar no tempo, não sei adiantar o relógio pra atrasar uma semana antes do começo do fim do início de tudo.
Sei ser eu mesmo, sei ser impulsivo, sei agir, sei lutar, sei tanta coisa e continuo sem saber coisa alguma.
Uma cidade nos une, um coração nos sustenta, uma teia nos comunica, como aranhas ou homens-aranha que querem ser super heróis com DDA, sem saber pra onde ir, sem saber se controlar, sem saber o que quer e o que não quer.
Eu só quero uma chance... existe alguém aqui dentro e existe você. E entre nós dois existe um espaço a preencher.
Existem vozes do passado e do presente e do futuro e nossas próprias vozes.
Vozes que falam que esse não é o melhor momento. Vozes que se calam e falam que esse é o momento.
Momento de reconstruir, de tentar, de estar acima dos pixels.
Vozes, só vozes... cidades, vozes, pega ladrão, freios, barulho de metrô, vozes, gritos, ruidos, risos, idéias que não cessam e viram vozes dentro de minha mente, minha mente tem vozes, neurônios cochicham, sinapses berram, o cerebro é uma cidade.
Vampiros invadem minha cidade, sugam minha voz, alimentam-se dos meus medos, dos meus anseios, cravam meu coração com pendrives tentando mudar minha memória, enterram meu corpo em containers de alho e lógicas e razões.
Estou fechado em mim mesmo.
Está tudo escuro e o silêncio predomina.
E no silêncio... a sua voz.
E com ela, todas as suas vozes.

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